A bolsa brasileira já tinha encerrado o pregão quando o ministro de relações exteriores, Mauro Vieira, se pronunciou sobre o encontro com o secretário de estado americano, Marco Rubio. A quinta-feira foi de expectativas sobre o resultado da conversa.

Claro, que ninguém em sã consciência esperava um resultado imediato. A diplomacia exige paciência, resiliência, as negociações não costumam ter a rapidez de um balcão de vendas, são delicadas e imprevisíveis. Além do mais foi na Casa Branca, e não na sede do departamento de estado americano como se imaginava, dando um tom um pouco mais político para a coisa toda. Apesar disso, Rubio e Vieira discutiram apenas a questão comercial entre os 2 países.

Logo depois do encontro, o departamento americano soltou uma nota em conjunto com o ministério de relações exteriores do Brasil mostrando que há um retorno do tom amigável. Aqui eu chamo a atenção não para o fim do conflito entre EUA e Brasil, mas a adoção de um cenário mais sereno, pelo menos até quando Donald Trump assim o cultivar.

Destaque para o tom polido e diplomático, no melhor sentido da palavra, entre os 2 atores desse jogo. Rubio e Vieira não trocaram afagos, mas também não se estranharam, e o mercado deve espelhar hoje esse clima da reunião. Atores desse jogo, os 2 representantes pavimentam um possível e talvez próximo encontro entre Trump e Lula de forma presencial e não mais em videoconferência como o da semana passada. E são eles sim que vão definir o futuro desse jogo político e econômico.

Em conversas que tive com analistas, a reunião de ontem sinaliza bons ventos no mercado financeiro nesta sexta-feira. Nesta sexta-feira, eu recebo Lucas Sucena, economista e sócio da corretora Adda Partners, e Alexandre Pires – prof. relações internacionais e economia IBEMEC, para discutir este e outros assuntos que mexem no bolso do investidor.

O programa Mercado vai ao ar de segunda a sexta-feira, sempre às 10h, no VEJA+ e em todas as plataformas de VEJA e VEJA Mercado

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