Radar Econômico
Por Pedro Gil
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Guimarães: Brasil não está isolado do mundo, é Trump quem está se isolando
VEJA Mercado debate a nova alternativa diplomática e comercial do governo Lula na guerra comercial e a troca de farpas entre EUA e Rússia
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Atualizado em 30 jul 2025, 12h11 - Publicado em 30 jul 2025, 08h00
VEJA Mercado | 30 de julho de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta quarta-feira, 30. O governo Lula mudou de rota e passou a adotar uma nova estratégia diplomática e comercial para lidar com os Estados Unidos às vésperas do início da cobrança de tarifas de 50%. O secretário americano Howard Lutnick admitiu que os Estados Unidos podem isentar de tarifas alguns recursos naturais e itens que os americanos não produzem, como café, cacau e frutas. As declarações foram dadas em entrevista à CNBC Internacional e podem dar uma nova direção às negociações com o Brasil, embora o secretário não tenha mencionado o Brasil especificamente. O vice-presidente Geraldo Alckmin revelou que teve uma longa e “produtiva” reunião com Lutnick nos últimos dias.
O senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, está em comitiva nos Estados Unidos e afirmou que as lideranças têm focado na prorrogação do início da cobrança das tarifas. A comitiva busca ganhar fôlego nas tratativas e se aproximar dos parlamentares americanos. No Brasil, o clima é diferente. O ministro Fernando Haddad afirmou a jornalistas que a data não é fatídica e que não é crucial para as negociações.
O economista Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel e professor da Universidade Columbia, elogiou a postura do Brasil e afirmou em artigo que “líderes deveriam mostrar a bravura de Lula” contra Donald Trump. Trump que fez uma nova ameaça de impor tarifas de 100% contra a Rússia caso a guerra contra a Ucrânia não tenha um fim. Dmitry Medvedev, ex-presidente russo e aliado de Vladimir Putin, afirmou que “cada ultimato é um passo em direção a uma nova guerra”.
O Banco Central se reúne nesta quarta-feira e deve manter a taxa Selic inalterada em 15% ao ano. Toda a atenção pelo comunicado do Copom e as possíveis pistas sobre os cortes de juros no final do ano, bem como a instituição enxerga os efeitos das tarifas de 50% sobre a economia brasileira. Diego Gimenes entrevista Feliciano Guimarães, cientista político e professor de Relações Internacionais da USP. Ibiapaba Netto, presidente da CitrusBR, também participa da edição. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:
