A disputa imprevisível em concessão de trem em São Paulo
Entre os principais concorrentes no certame estão a brasileira CCR e a chinesa CRRC
Auxiliares do governador Tarcísio de Freitas estão com altas expectativas em relação ao leilão das operações do Trem Intercidades, que ligará São Paulo à cidade de Campinas e será realizado nesta quinta-feira, 29. A expectativa do governo de São Paulo é de o certamente atraia investimentos de 13,5 bilhões de reais. Quem conversou com o governador nos últimos dias afirma que ele tem dito que não tem dúvidas de que o leilão vai ser bem-sucedido — mas quem vai levar o quinhão ainda é uma incógnita.
Entre os principais concorrentes no certame estão a brasileira CCR e a chinesa CRRC, em parceria com o grupo Comporte. De acordo com fontes próximas ao governador, a CCR é um competidor importante e leva vantagem por conhecer a operação no Brasil. A chinesa tem grande vantagem competitiva, por sua vez, envolvendo a verticalização do negócio. “Eles fazem obra, operação e fabricação de material”, diz uma fonte.
Apesar de favorita pelo conhecimento do mercado e a operação das rodovias Bandeirantes e Anhanguera, pessoas próximas ao governador afirmam que a alavancagem alta por causa dos projetos já contratados e a necessidade de parceiras, por não ser verticalizada como a concorrente, colocam a chinesa à frente em algumas premissas da concessão. A Comporte, por sua vez, tem a operação do metrô de Belo Horizonte, em Minas Gerais, como know-how relevante. A disputa imprevisível terá fim nesta quinta-feira.