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Pé na estrada

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino

Com produção inicial de três modelos, GWM inaugura fábrica no Brasil

Marca chinesa deu o primeiro passo para fabricar os carrosno Brasil, mas revela planos de ampliar a capacidade produtiva e exportar para a América Latina

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2025, 18h07 - Publicado em 15 ago 2025, 18h04

A chinesa GWM inaugurou, nesta sexta-feira, 15, sua primeira fábrica nas Américas na cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo. A cerimônia teve discursos do presidente Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e de outras autoridades do governo. O CEO da GWM, Mu Feng, e o presidente da GWM Internacional, Parker Shi, também vieram ao Brasil para o cerimonial.

A fábrica foi comprada pela GWM em 2021, quando a empresa chinesa começou a operar no Brasil. Antes, a unidade pertencia à Mercedes, que mantém ainda um teste de provas no local. “Este é o terceiro mais complexo da GWM fora da China e também nossa porta de entrada para a região da América Latin”, afirmou Mu Feng, CEO da GWM, em seu discurso. Com capacidade produtiva de 50 mil unidades por ano, a fábrica será um ponto central de produção para atender não apenas ao mercado brasileiro, mas também a outros países da região. Eventualmente, a meta é nacionalizar 35% da produção para poder usufruir de tributação diferenciada, de acordo com as regras do Mercosul.

A linha de produção será inaugurada com o SUV híbrido Haval H6. Depois de duas semanas, será a vez da picape a diesel Poer, cuja produção nacional já havia sido confirmada pela GWM durante o Salão do Automóvel de Xangai. Depois, será a vez do SUV a diesel H9, feito sobre a mesma plataforma da Poer. Inicialmente serão feitos apenas modelos pré-série, que servem para que todos os ajustes necessários sejam feitos na linha de montagem.

Cabine de pintura da nova fábrica da GWM em Iracemápolis
Cabine de pintura da nova fábrica da GWM em Iracemápolis (André Sollitto/VEJA)

Por enquanto, a unidade funciona em modelo CDK (da sigla em inglês “Completely Knocked Down”, ou seja, “completamente desmontado”). As peças vêm da China e são montadas na fábrica. As partes são soldadas em uma linha que conta com 18 robôs da marca japonesa Fanuc. No total, 55% da produção é automatizada. Depois, passam por um processo de checagem antes de seguir para a pintura. A carroceria é completamente montada em 145 minutos. 

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Planos futuros

Em entrevista, Parker Shi afirmou que essa primeira fábrica não dará conta dos objetivos mais ambiciosos da empresa, que inclui a produção de 250 a 300 mil modelos por ano. “É uma questão de termos uma fábrica maior para atender a esse objetivo”, disse. Mas preferiu não dar detalhes sobre eventuais negociações envolvendo uma segunda unidade produtiva. “Não posso falar sobre isso ainda”, disse. Vários Estados estão “brigando” pela oportunidade de receber essa eventual segunda fábrica, como o Espírito Santo (que enviou o vice-governador, Ricardo Ferraço, à cerimônia de inauguração) e Santa Catarina. 

Por enquanto, confirmou que serão produzidos veículos híbridos, a diesel e a gasolina, voltados para outros mercados da América Latina sem tanta infraestrutura para eletrificados. Mas afirmou que pretende atender “todos os cenários, com todas as motorizações, para todos os clientes”. Com o portfólio atual, com veículos acima dos R$ 200 mil, a GWM atinge principalmente um segmento mais premium que corresponde a cerca de 20% do mercado. Mas o objetivo é ganhar volume. “Ainda estamos procurando um carro que entrará na faixa dos R$ 150 mil, que é setor muito importante”, disse o executivo.

Cerca de 450 mil carros da GWM são comercializados fora da China, o que representa cerca de 35% de toda a produção da marca. Em 2024, cerca de 180 foram produzidos em complexos em outros países, enquanto o restante veio de fábricas chineses. Para este ano, a meta é alcançar 220 unidades produzidas em outros países.

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Veículos importados diretamente da China também serão direcionados para a fábrica antes de seguir para os concessionários
Veículos importados diretamente da China também serão direcionados para a fábrica antes de seguir para os concessionários (André Sollitto/VEJA)

A inauguração da fábrica também acontece poucas semanas depois que a BYD deu início à produção em Camaçari, na Bahia, na antiga unidade da Ford. Questionado sobre as diferentes estratégias, Parker Shi disse que cada empresa chinesa, quando avança para outros mercados, trabalha de uma forma. “Não temos medo de competição. Mas acreditamos em dar um passo de cada vez. Mesmo mais devagar, acabamos avançando mais rápido, porque cometemos menos erros e ganhamos credibilidade”, afirmou.

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