ASSINE VEJA NEGÓCIOS
Imagem Blog

Neuza Sanches

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Negócios, Mercados & Cia

Guerra tarifária, recessão mundial e os riscos para o Brasil

Tarifaço anunciado pelos EUA deve pressionar a economia global, com impacto generalizado sobre PIB, emprego e inflação

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 abr 2025, 08h00

A guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está no centro das atenções com seus desdobramentos sobre a economia global — e, por consequência, sobre o Brasil. Embora o País tenha sido, até aqui, alvo de uma tarifa adicional de 10%, o patamar mínimo entre as chamadas “tarifas recíprocas” impostas pelo governo americano, analistas apontam que o impacto mais relevante pode vir pela via indireta: uma desaceleração sincronizada da atividade econômica internacional.

O cenário preocupa agentes do mercado, especialmente porque as projeções para o crescimento do PIB brasileiro neste ano já eram moderadas, em razão da política monetária restritiva e da manutenção  dos juros em patamares elevados. Para empresários de setores do varejo e indústria e mercado financeiro – em especial da Faria Lima, centro financeiro de São Paulo – o risco é de um enfraquecimento adicional da demanda externa por produtos brasileiros, redução nos investimentos e aumento da aversão ao risco, com efeitos diretos sobre o mercado de trabalho e o nível de confiança na economia.

Um segundo efeito colateral começa a ganhar visibilidade. Com a realocação de fluxos comerciais globais, há expectativa de aumento nas exportações de países que perderam espaço no mercado americano e que, agora, buscam novos destinos – entre eles, o Brasil. Isso levanta alertas em setores industriais nacionais, como o siderúrgico, que já se mobiliza para evitar uma super oferta no mercado interno. Em 2024, o setor conseguiu a adesão do governo a um sistema de cotas para importação de aço, mas teme que as medidas sejam insuficientes frente à nova dinâmica internacional.

O horizonte de longo prazo dependerá da duração e intensidade de um eventual desaquecimento global, , segundo banqueiros ouvidos pela coluna. Embora exista a possibilidade de o Brasil reposicionar sua pauta de exportações e fortalecer laços comerciais com novos parceiros, a persistência de um cenário recessivo amplia os riscos de estagnação e perda de dinamismo econômico.

Para os consumidores, o maior impacto poderá ser a persistente inflação combinada com deterioração do poder aquisitivo, expectativa de aumento do desemprego e restrição ao crédito. Essa equação tende a comprimir ainda mais o consumo das famílias — especialmente nas faixas de menor poder aquisitivo — e reforçar um ciclo de desaquecimento interno. Em um ambiente de incerteza crescente como esse, será difícil manter o sono em dia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

[small]Digital Completo[/small]

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa
+ Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.