Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Mundialista

Por Vilma Gryzinski Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Pagers assassinos: Hezbollah sofre mais espantoso ataque da história

A sabotagem israelense que deixou cerca de 2.800 feridos no Líbano não tem precedentes nos registros bélicos de todos os tempos

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 17 set 2024, 14h05 - Publicado em 17 set 2024, 13h24
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os pagers começaram a explodir no Líbano durante a manhã e, ao longo de uma hora, não pararam. Figurões do Hezbollah, militantes comuns e até o embaixador do Irã em Beirute foram atingidos. Não existe nenhum precedente na história da guerra que se assimile à sabotagem em massa dos equipamentos, usados justamente para substituir os celulares e diminuir o risco dos assassinatos pontuais desfechados por Israel.

    Os pagers são mais seguros, mas, como os celulares, também funcionam com baterias de lítio. Foram elas que explodiram em consequência do ciberataque. De alguma maneira, os serviços de inteligência israelenses conseguiram se infiltrar na rede libanesa. Várias cenas mostram os efeitos do ataque em massa: numa banca de frutas, próximo de um caixa de mercado, no meio da rua, dentro de carros. Os pagers deixaram feridos nas pernas, no abdômen e nos braços. Um homem perdeu uma mão. Hospitais ficaram lotados de feridos e uma criança morreu.

    Quando os pagers começaram a explodir, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o alto escalão já haviam sido deslocados para o local mais protegido de Israel, as instalações subterrâneas na base de Kirya. Previam uma reação violenta do Hezbollah, quem sabe até a guerra em grande escala, em lugar dos ataques mútuos que vinham mantendo uma espécie de ritmo controlado.

    A sabotagem em massa dos pagers, como se Israel tivesse infiltrado mais de mil cavalos de Tróia junto ao corpo de terroristas do Hezbollah, foi possivelmente a realização de um plano armado há muito tempo e desfechado agora, em represália pela descoberta de uma bomba planejada para matar um ex-integrante do alto escalão militar israelense.

    ALTO RISCO

    Ao contrário do que acontece em Gaza, onde o Hamas colocou debaixo da terra toda sua estrutura militar, dificultando o levantamento de informações, Israel tem o Líbano completamente coberto por suas operações de inteligência.

    Continua após a publicidade

    O Hezbollah sabe disso e toma suas precauções, em especial para proteger Hassan Nasrallah, o líder máximo, mas como imaginar um ataque de pagers assassinos?

    O risco de um conflito generalizado no Líbano é muito alto e o escalão militar superior israelense tem opiniões divergentes: alguns acham melhor fazer uma espécie de ataque em massa preventivo, considerando que uma guerra é inevitável; outros consideram melhor o fogo baixo dos últimos meses, inclusive para evitar o envolvimento do Irã.

    Por qual motivo o Hezbollah ameaça lançar o Líbano em outra guerra devastadora? Por puro fanatismo: não existem disputas territoriais com Israel, ao contrário do caso dos palestinos, e a motivação decorre unicamente do fundamentalismo islâmico, para o qual todos os muçulmanos devem se dedicar com todas as forças a combater Israel até varrer a nação judaica do mapa.

    Continua após a publicidade

    “CAOS E VULNERABILIDADE”

    É triste ver o Líbano, com toda a sua variedade de religiões e ramos sectários, correr o risco de ser arrastado de novo para a guerra.

    Também são altos os riscos para Israel, que se dividiria entre Gaza e o Líbano. Tudo isso, obviamente, são situações para as quais as Forças de Defesa de Israel são constantemente treinadas, mas qualquer guerra tem um fator imponderável.

    Mas a liderança de Israel resolveu pagar para ver o que aconteceria depois da sabotagem em massa dos pagers. Resumiu, no Jerusalem Post, o analista Setz J. Frantzman: “O Hezbollah, um grupo terrorista altamente treinado e disciplinado, agora enfrenta o caos e a vulnerabilidade depois que um grande número de seus membros sofreu ferimentos em razão da explosão de aparelhos de comunicação”.

    Jamais houve nada parecido em guerras ou conflitos anteriores, mas vamos ver agora algo que sempre acontece nessas situações extremas: o inimigo retalia ou sofre uma humilhação sem precedentes.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.