Rede pede que STF determine plano de segurança para o 7 de setembro
Pedido do partido acontece em decorrência de revelação da coluna; Entenda
O partido Rede Sustentabilidade pediu que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determine às “autoridades envolvidas na organização do 7 de Setembro planos especiais de segurança”, o “efetivo necessário” e a “varredura das áreas e revistas pessoais” para garantir a segurança da população que vá à festa.
O pedido ocorre por causa da revelação feita pela coluna de que órgãos de inteligência estão investigando uma suspeita de ataques ao Dia da Independência com viés golpista – e o intuito de criar um factoide político para mudar o curso da eleição de 2022 – envolvendo grupo radicais de direita.
Como informou VEJA, o ato criminoso seria realizado para ferir os próprios bolsonaristas, gerar pânico na sociedade e, em seguida, colocar a culpa na esquerda (Entenda aqui).
Agora, a Rede pediu que a magistrada, diante dessas informações, solicite aos organizadores dos eventos, convocados por Jair Bolsonaro para evento em Copacabana, que apresentem esses “planos especiais de segurança em 48 horas, que deverão conter todas as medidas necessárias para evitar os graves riscos envolvidos, garantindo o efetivo de segurança necessário, a varredura das áreas e revistas pessoais em todos os pontos de acesso aos eventos”.
No lançamento de sua candidatura à reeleição, o presidente da República convocou apoiadores a irem às ruas “pela última vez” no feriado, sequestrando o importante marco de 200 anos da Independência, que deveria ser apartidário.
Somado a isso, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, informou em sua conta no Twitter, neste final de semana, que a presidência – ou mesmo as Forças Armadas – fez qualquer pedido para que o desfile de 7 de Setembro, no Rio, que sempre ocorre no centro da cidade, seja concentrado para Copacabana.
Bolsonaro já disse, mais de uma vez, que estará pela manhã em Brasília e à tarde no bairro carioca eternizado por Tom Jobim, para manter sua retórica de extrema direita em meio à campanha. A ideia é tentar – a todo custo – ir ao segundo turno contra o ex-presidente Lula, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto.
“Questiona-se, Excelência: qual o interesse do presidente da República em inflamar seus apoiadores e informar mudanças em importante evento cívico durante convenção político-partidária, mas não formalizar pedido algum para quem organiza a mais básica segurança do evento, a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro/RJ, passada mais de uma semana. Isto com a agravante de que a logística para a realização do evento demanda meses de preparação e estamos a menos de um mês das comemorações. Assim, é imperioso que as instituições democráticas do país busquem, o máximo possível, que o evento seja realizado sem maiores problemas de segurança pública”, diz a Rede.
Com a palavra, a ministra Cármen Lúcia.