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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

O genocídio negro que se aprofunda no Brasil desde a escravidão

Números continuam aterrorizantes. Cenas também...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 dez 2024, 18h30 - Publicado em 4 dez 2024, 18h29

Músicos brasileiros como Edi Rock, cuja obra tem raízes na periferia, já afirmaram há alguns anos que foram vitimas de discriminação. Edi, todavia, foi mais enfático na letra de uma música: “a polícia é racista mais do que ninguém”.

Nos últimos dias, a Polícia Militar do estado de São Paulo provou que essa é uma verdade que tem raízes profundas nas mazelas da história do Brasil.

A política de não reparação ao povo negro após a escravidão, como já dito aqui em algumas colunas, e a falta de uma justiça de transição após a ditadura militar são as forças motrizes da desigualdade social e da violência policial.

A questão é que o povo negro é o principal alvo desse pacto histórico da branquitude brasileira, entre dois períodos de horrores da História.

As cenas chocantes da PM no estado de São Paulo, seja com policiais dando 11 tiros pelas costas, tacando um homem de uma ponte, espancando uma vítima após a perseguição de uma moto ou mesmo com os tiros a esmo, mas na direção de crianças negras, são o retrato cínico da pior face da sociedade brasileira.

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O secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, ao comentar as violências policiais dos últimos dias, usou uma palavra racista. “Ações isoladas como essa não podem denigrir a imagem de uma instituição que tem quase 200 anos de bom serviço no estado”.  

O país parece estar piorando.

Não é possível que, a cada 12 minutos, uma pessoa negra seja assassinada no país nos últimos 11 anos, de acordo com o Atlas da Violência de 2024, sem que haja uma reação.

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No ano passado uma pessoa negra foi assassinada a cada quatro horas no Brasil, segundo redes de observatórios de segurança. A Bahia, governada pelo PT, lidera o ranking dos assassinatos em 2023: 1702 pessoas, sendo 94% pessoas negras.

É um genocídio.

Quando lideranças do movimento negro falam essa palavra não é exagero. Ainda assim o que colhem como resposta é apenas o desconforto, quando não acontece o pior: as reações racistas.

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Mas é essa a verdade. Eles estão certos.

A política do estado depois da abolição foi a de extermínio do povo negro – e isso está registrado em documentos, jornais, discursos de parlamento e etc.

Até quando viveremos essa realidade sem de fato mudarmos o que nos cerca?

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