A revelação de que 261 bens do Palácio da Alvorada “sumidos” no final da gestão Bolsonaro estavam, na verdade, guardados este tempo todo em depósitos – segundo os jornalistas Renato Machado e Marianna Holanda – é mais um importante erro do governo Lula. E que dá forte munição à extrema-direita brasileira.
Pensem bem, leitores: era o início da nova gestão petista após os conturbados anos Bolsonaro. Lula e Janja faziam a largada do governo acusando os antecessores das condições da residência oficial, chorando as pitangas de que estava em um hotel. Mais grave ainda: apontavam o desaparecimento de um número enorme de bens do estado brasileiro.
“Levaram tudo”, disse Lula logo no início de seu terceiro mandato. Depois, ainda anunciaram a compra de peças para substituir os “bens não encontrados”. O valor? Quase R$ 200 mil.
A REVIRAVOLTA
Após todos esses atos que hoje podem ser classificados como irresponsáveis e precipitados, iniciou-se a reviravolta na “guerra dos móveis” entre o lulismo e o bolsonarismo.
Primeiramente, nova conferência feita pelo Palácio do Planalto diminuiu o número de bens sumidos de 261 para 81. Já havia sido uma vergonha que passou despercebida, mas agora piorou. E muito!
A conclusão dos trabalhos informa que nenhum dos 261 bens havia desaparecido. Nenhum. Um apenas – que fosse – já seria o suficiente para evitar o estrago. Mas a verdade é que Bolsonaro e Michelle ganharam uma baita munição. E já começaram a usar.