O centro terá participação grande nas eleições de 2026, diz Kassab
Em entrevista a VEJA, presidente do PSD, partido mais vencedor este ano, afirmou que essa base ajuda a ter uma expectativa positiva para o próximo pleito
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, comemorou, em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, desta terça-feira, 8, o fato de seu partido ter tido o melhor desempenho nas eleições municipais deste ano, com a conquista de 878 prefeituras, e disse que isso ajuda a ter uma “expectativa positiva em relação a 2026”. Este ano, o PSD desbancou a liderança de 20 anos do MDB, partido que elegeu 847 prefeitos. O PP, com 743 eleitos, foi o terceiro partido que mais conseguiu prefeituras em 2024.
“Todos nós estamos muito felizes com o resultado, que é fruto de muito trabalho. Mas cada eleição tem uma história”, respondeu, questionado sobre 2026. “Evidente que uma base municipalista dentro do partido forte ajuda a você ter uma expectativa positiva em relação a 2026. Essa base nos ajuda a formar chapa e lançar bons candidatos a governador e deputado”, acrescentou.
“Outros partidos do centro também foram muito bem, o que mostra que em 2026 nós teremos o centro participando com uma dimensão bastante grande nas eleições”, completou Kassab, que falou também se as vitórias deste ano podem ajudar na disputa para a presidência da Câmara, marcada para fevereiro de 2025.
“Acho que são coisas distintas. Não vejo nenhuma ligação. Mas vejo com entusiasmo o momento atual. Acho que o Antonio Brito (PSD-BA) e o Elmar [Nascimento (União Brasil-BA)] fizeram um bom entendimento de caminhar juntos”, afirmou. Ele também respondeu que em 2026, se o PSD lançar candidato para a Presidência da República, o nome será o do governador do Paraná, Ratinho Jr.
Processo eleitoral
Também participou do programa o presidente do TRE-SP, desembargador Silmar Fernandes. Ele falou sobre o pleito na capital paulista e possíveis consequências que o candidato derrotado Pablo Marçal (PRTB) pode vir a enfrentar após uma série de polêmicas e acusações falsas. Para ele, o pleito ocorreu “dentro da normalidade”, com “poucas ocorrências” e foi um dos “mais tranquilos dos últimos tempos”.
“Tivemos esse problema de mau uso do debate. Candidato [Marçal] que extrapolou na forma de agir. Houve uma série de incidentes. Mas a expectativa é que agora no segundo turno nos teremos um debate civilizado, uma troca de ideias e não uma troca de insultos, ofensas e agressões”, afirmou Fernandes.
“Tudo vai ser apurado. A consequência é que ele pode ficar inelegível, se se entender que ele praticou condutas abusivas”, acrescentou, dizendo ainda que “a decisão não tem prazo para sair”. Por fim, o desembargador opinou que não caberia prisão para o coach na divulgação do laudo falso contra Guilherme Boulos porque não houve flagrante.
“Aqui na Justiça Eleitoral nós vamos apreciar as condutas que são crimes eleitorais. Existem condutas que serão analisadas em outras esferas, como na esfera criminal. A prisão em flagrante naquele momento não era possível, porque os laudos da perícia [sobre documento falso contra o psolista] ainda estavam saindo”, finalizou.
Sobre o programa
O Ponto de Vista é apresentado por Marcela Rahal, transmitido ao vivo às 12h, e também trata das principais notícias do dia.
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