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Poluentes onipresentes afetam fertilidade e chegam até a órgãos do bebê

Produtos químicos dificultam o sonho da gravidez e podem atingir áreas vitais do feto, segundo pesquisas

Por Rodrigo Rosa*
21 jul 2025, 09h02

Mulheres em idade reprodutiva são expostas a substâncias químicas consideradas como poluentes onipresentes, assim chamadas pela dificuldade em não ter contato com elas.

A lista conta com ftalatos, parabenos e substâncias perfluoroalquílicas e polifluoroalquílicas (PFAS), que possuem propriedades potencialmente disruptoras endócrinas e podem afetar a fertilidade. 

Disruptores endócrinos atuam na desregulação do eixo hormonal, tanto na mulher quanto no homem, e também diminuem a qualidade dos gametas, óvulos e espermatozoides. Alguns estudos já identificaram poluentes ‘onipresentes’ em tecidos reprodutivos e até mesmo no folículo ovariano.

Um trabalho feito na Suécia e na Estônia com 333 mulheres avaliou a mistura de 59 substâncias químicas no fluido folicular ovariano e mostrou que esses disruptores endócrinos podem comprometer a capacidade reprodutiva de mulheres.

Outro estudo feito na Suécia mostrou que uma mistura de pelo menos 14 poluentes persistentes foram encontrados em todas as mulheres, mas destaca que aqueles com características lipofílicas (com afinidade por lipídios) foram associados à menor reserva ovariana e infertilidade.

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Além de ser uma barreira para a concepção, essa mistura de poluentes orgânicos persistentes também pode afetar o feto. Um trabalho encontrou as substâncias químicas em órgãos vitais de fetos humanos em fase final de gestação, mesmo quando não detectados no soro ou placenta materno.

A exposição a produtos químicos, incluindo poluentes persistentes, durante esse período tem sido motivo de grande preocupação devido à possível interrupção do desenvolvimento, que pode ter consequências significativas para a saúde do feto a curto ou longo prazo.

Infelizmente, não há como eliminar totalmente a exposição a esses poluentes, já que estão presentes em grande quantidade no nosso dia a dia.

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Mas, enquanto políticas regulatórias mais rígidas não forem colocadas em prática, é possível adotar alguns cuidados para reduzir essa exposição.

Como orientação, o ideal é diminuir o uso de recipientes de plástico com bisfenol A (BPA) e dar preferência para recipientes de vidro. Outro produto que também tem esse composto são aqueles comprovantes de maquininhas de cartão de crédito.

Ftalatos e parabenos estão muito presentes em cosméticos como shampoo, condicionador, maquiagem e sabonete. Existem diversas opções no mercado sem esses compostos.

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Importante pontuar que a fertilidade é impactada por diversos fatores ambientais. Então, os hábitos de vida, tendo uma alimentação mais saudável, com menos industrializados e menos alimentos processados, também ajudam.

Praticar atividade física e buscar um sono reparador são ações importantes, assim com abandonar vícios como o cigarro, drogas ilícitas e o álcool.

* Rodrigo Rosa é ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana, sócio-fundador e diretor da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, além de  membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH)

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