“Não temos resposta nenhuma para dar. Simplesmente ignoramos uma notícia tendenciosa. A gente já sabe os motivos, do por que isso vem acontecendo nesses últimos dias, seguidamente, por várias direções, querendo atingir as Forças Armadas, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, nós que somos quem cuida da disciplina, da hierarquia. Não temos resposta nenhuma para dar, simplesmente ignoramos uma notícia tendenciosa daquela, que nós sabemos o motivo. Não têm nada para buscar hoje, vão buscar no passado, rebuscar o passado. Só varrem um lado. Não varrem o outro. É sempre assim, já estamos acostumados com isso. Aconteceu durante a Páscoa. Garanto que não estragou a Páscoa de ninguém. A minha não estragou”
(Luiz Carlos Gomes Mattos, presidente do Superior Tribunal Militar, sobre a revelação das gravações das sessões da corte durante uma década de ditadura, nas quais alguns juízes debatiam a tortura de presos políticos e se distanciavam do aparato terrorista, defendendo a volta aos quartéis para acabar com a indisciplina e recuperar a hierarquia nas Forças Armadas, o que ocorreu a partir do governo Ernesto Geisel. O general Gomes Mattos entrou na carreira em 1964, ano do golpe, e integra uma ala de antigos oficiais que costumam renegar a história das instituições a que servem.)