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Petro para Milei: “Hitler”; Milei para Petro: “Assassino, terrorista…”

Faltam ideias e palavras na conversa política, sobram insultos entre presidentes

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h59 - Publicado em 28 mar 2024, 08h00
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  • Lula não gosta do presidente argentino Javier Milei, El Loco, em quem percebe uma mistura milongueira da ideias de Donald Trump com os devaneios de Jair Bolsonaro.

    Milei não gosta de Lula, em quem vislumbra a mesma vocação totalitária que atribui à adversária Cristina Kirchner, que retribui na mesma moeda.

    Ele não tem apreço, também, pelo colombiano Gustavo Petro ou pelo mexicano Manuel López Obrador, entre outros que nele identificam tendências fascistas.

    Já o chileno Gabriel Boric e o uruguaio Luis Lacalle Pou são críticos de Lula e não gostam do ditador Nicolás Maduro — aquele que não aprecia ninguém desde a morte do seu padrinho Hugo Chávez há dez anos, e, suspeita da existência de um “lacaio” do imperialismo norte-americano no comando de cada governo sul-americano.

    Todos, porém, concordam numa coisa: eles se acham gênios políticos. No governo, dizem, trabalham 24 horas por dia pela integração latino-americana.

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    Nesta quarta-feira (27/3), o presidente da Argentina resolveu responder às críticas que recebeu do presidente da Colômbia.

    Milei zela por seus vínculos judaicos, Petro o havia comparado a Hitler. O argentino o qualificou com três adjetivos: “Assassino, terrorista, comunista.” E não se esqueceu do mexicano López Obrador, que o chamara de fascista: “É um ignorante”.

    Horas depois, o presidente colombiano ordenou a expulsão do embaixador argentino. Petro já havia retirado seus diplomatas de Buenos Aires.

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    Faltam ideias e palavras na conversa política, sobram insultos entre presidentes.

    Num bar em Nova York, certa vez os escritores Norman Mailer e Gore Vidal discutiram. Mailer jogou vinho no rosto de Vidal que, perplexo, gritou: “Mais uma vez, faltam palavras a Norman Mailer.”

    Enquanto Milei atacava Petro e López Obrador, Lula trocava juras de amizade com o presidente francês Emmanuel Macron.

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    O brasileiro quer acesso à tecnologia de reatores nucleares para submarinos. O francês sonha com um grande acordo ambiental (a França é o único país europeu com fronteira territorial na Amazônia) e uma revisão do tratado comercial Mercosul-União Europeia.

    Lula tropeçou nas palavras: chamou Macron de Sarkozy, nome do antecessor e adversário. Jornalistas notaram, mas nenhum dos dois se incomodou com a gafe. E sorriram para as câmeras.

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