A atriz Melissa Barrera, demitida da franquia Pânico essa semana por sua posição em apoio à Palestina, quebrou o silêncio e se pronunciou sobre o caso pela primeira vez. “Continuarei falando em nome daqueles que mais precisam e defendendo a paz e a segurança, os direitos humanos e a liberdade. O silêncio não é uma opção para mim”, escreveu ela em uma publicação no Instagram.
Desde o início do conflito, Melissa demonstrou apoio à Palestina e criticou as ações de Israel em Gaza em uma série de publicações nas redes sociais, chamando a retaliação ao Hamas, que já matou 14 mil pessoas na região, de “genocídio” e “limpeza étnica”, termos descritos pela Spyglass, produtora de Pânico, como “incitação ao ódio”. Responsável pela demissão, a empresa disse em comunicado que tem “tolerância zero com o antissemitismo”.
No desabafo nas redes, a atriz negou as acusações e reforçou sua posição em relação ao conflito. “Em primeiro lugar, condeno o antissemitismo e a islamofobia. Condeno o ódio e o preconceito de qualquer tipo contra qualquer grupo de pessoas”, escreveu. “Como latina, uma mexicana orgulhosa, sinto a responsabilidade de ter uma plataforma que me dá o privilégio de ser ouvida e, portanto, tenho tentado usá-la para aumentar a conscientização sobre questões que me interessam e emprestar minha voz àqueles que precisam. Todas as pessoas nesta terra — independentemente da religião, raça, etnia, gênero, orientação sexual ou classe socioeconômica — merecem direitos humanos iguais, dignidade e, claro, liberdade. A mexicana também disse que um grupo de pessoas não é definido por sua liderança, e que nenhum governo deve estar isento de críticas.
O conflito entre Israel e Hamas tem gerando retaliação em Hollywood. Além de Melissa, a atriz Susan Sarandon foi dispensada de sua agência pelo apoio à Palestina e a agente de talentos Maha Dakhil foi colocada nas cordas por descrever as ações em Gaza como genocídio, tendo que ser defendida por Tom Cruise diante de membros do Creative Artists Agency que queriam sua demissão. Jenna Ortega também deixou o elenco de Pânico — apesar da notícia ter sido divulgada logo após a demissão de Melissa, e ter sido lida como uma espécie de protesto, uma reportagem do Deadline afirma que a motivação foi um conflito de agendas da atriz.
Desde os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez outras 200 como reféns, a retaliação israelense tem dividido Hollywood e gerado críticas pela violência. Até o momento, 14.000 pessoas foram mortas na região. As duas partes do conflito entraram em acordo para uma suspensão de quatro dias nos combates e a libertação de pelo menos 50 das cerca de 240 pessoas mantidas pelo Hamas em troca da libertação de 150 palestinos detidos em prisões israelenses.
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