Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passaram os últimos dias preparando o terreno para o lançamento oficial de sua pré-candidatura presidencial, marcada para ocorrer em um megaevento na manhã deste sábado, na zona norte da capital paulista. Dois eventos, segundo um interlocutor próximo de Lula, serviram como uma espécie de ensaio para o ato de amanhã: a visita feita na manhã de quinta-feira à região de Sumaré e a fala de Lula na noite do mesmo dia na Unicamp. O balanço, segundo aliados, é de comemoração.
A avaliação dos mais próximos ao petista é que ele acertou no tom dos ataques ao presidente Jair Bolsonaro, que devem ser intensificados no evento de amanhã. Por via das dúvidas, o plano é que Lula se atenha a uma fala ensaiada amanhã. Mas quem conhece o petista sabe que ele adora se desviar do script.
É esperado de Lula uma espécie de manifesto sobre o que pretende para um eventual governo, mas não na linha da “Carta aos Brasileiros”, que contribuiu para pavimentar sua chegada ao Planalto em 2002. O plano é buscar um eleitor de centro, apoiado na simbologia da chapa selada com o ex-tucano Geraldo Alckmin.
Espera-se que os discursos de ambos sirvam como uma espécie de chamamento a outros partidos e políticos que pertençam a esse campo e que possam aderir à campanha. O PT ainda tem esperança de atrair, mesmo que em uma aliança branca, parte de legendas como o MDB e o PSD. Mas o ex-tucano entrará remotamente no evento, em razão de um diagnóstico de Covid.
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