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Clarissa Oliveira

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A missão que Lula dará aos seus ministros na reunião desta quinta-feira

Presidente age nos bastidores para mobilizar equipe e empresários por tom mais duro contra a política praticada pelo Banco Central

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 15 Maio 2024, 23h51 - Publicado em 15 jun 2023, 09h52

Embora o tema da articulação política esteja no centro da reunião ministerial que acontece na manhã desta quinta-feira, há na lista de prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um outro tema de destaque. Pegando embalo no cenário favorável na economia, Lula quer unir seus ministros em uma campanha mais intensa pela queda da taxa de juros. A ordem é para que todos estejam alinhados em uma crítica mais intensa ao Banco Central, demandando uma sinalização pela redução da taxa Selic, hoje em 13,75%.

+Saiba mais: A nova ofensiva do governo Lula na economia

Os primeiros sinais desse movimento apareceram ontem, na reunião que o presidente teve com representantes do setor varejista. Integrantes do primeiro escalão, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, já saíram do encontro com o discurso pronto, recheado de novas críticas ao Banco Central. O vice, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, não foi o único escalado para a missão.

Lula chegou a tentar convencer grandes empresários a reforçarem atos contra os juros altos. Segundo relatos feitos à coluna, o presidente já abordou, por exemplo, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, sugerindo que ela compareça a atos em São Paulo contra o Banco Central. Lula, ainda segundo a coluna apurou, também teria agido para convencer outros empresários, entre eles Flávio Rocha, a se juntarem a uma mobilização mais explícita pela queda da Selic.

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Lula deve pedir a todos os ministros que ajudem a reforçar esse discurso. Parte da estratégia tem a ver com a repercussão provocada pela fala feita no início da semana por Luiza Trajano. A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza participou na última segunda-feira de um evento do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (Idev), ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Luiza pediu uma sinalização em favor da queda dos juros e emendou: “Sem um sinal, não vamos aguentar”.

+Leia também: A maior dor de cabeça do Magalu desde 2011

 

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