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As residências de grife e o novo símbolo de status no mercado imobiliário

O mercado imobiliário de luxo inova ao seduzir clientes com apartamentos que oferecem a tradição de marcas famosas e serviços de hotel cinco-estrelas

Por Cinthia Rodrigues 26 set 2025, 06h00 •
  • “Eu moro no ‘Armani’ ”. “Eu moro no ‘Pininfarina’ ”. “Eu moro no ‘Faena’ ”. Depois da era dos arquitetos estrelados, entram em cena as marcas de consumo de luxo e hospitalidade no imaginário aspiracional de quem compra uma casa. O mercado brasileiro se alinha a uma tendência de países do primeiro mundo, a das branded residences, ou seja, residências com assinaturas consagradas em produtos de outros setores, como carros e roupas. Em comum entre as incorporadoras que estão no mercado oferecendo unidades que podem chegar a 82,5 milhões de reais, como é o caso de uma cobertura duplex do Vista Cyrela Furnished by Armani/Casa, a ser entregue em 2029 em São Paulo, há uma combinação sofisticada de experiências e até mesmo a promessa de uma vida mais saudável e longa. “Um apartamento vai além da metragem”, diz Lucas Melo, presidente da MBRAS, butique que compra e vende imóveis de alto padrão. “O Brasil entrou na tendência da assinatura e o mercado está evoluindo para oferecer também um pacote de serviços que promete a criação de comunidades de cidadãos ricos que buscam vizinhos com interesses como criar cavalos ou andar de barco.”

    Na cidade de São Paulo é crescente a oferta de edifícios com marca e que tentam seduzir o cliente com atrativos voltados ao bem-estar. A construtora e incorporadora Even, que lançou o Fasano Itaim em 2023, vai entregar em quatro anos um complexo com apartamentos, hotel e centro de eventos sob a chancela da argentina Faena, conhecida por seu lifestyle de luxo, arte e gastronomia. O terreno tem 20 000 metros quadrados no bairro de Pinheiros. O projeto já tem 50% das unidades vendidas desde o lançamento, no ano passado, com duas coberturas que valem cerca de 60 milhões de reais, ambas também vendidas. “O morador do Faena poderá usar os serviços do hotel. Fomos buscar inspiração em Miami, onde já existe um prédio da marca”, diz Marcelo Dzik, diretor financeiro da Even, que negociou a parceria. Cada torre terá sua própria ilha de conforto: piscinas, saunas, quadras de tênis, fitness center, salas de pilates, ioga, meditação e massagem, lounge, biblioteca e paisagismo de Alex Hanazaki.

    arte bem-viver

    Inspirados pelo mercado em ascensão, os irmãos João Gabriel Tomé e Victor Tomé, da City Soluções Urbanas, de Goiânia, lançaram dois empreendimentos com a grife Pininfarina, empresa italiana que é responsável pelo design de automóveis Ferrari, Alfa Romeo, Peugeot e Fiat. O prédio residencial City 23 terá um apartamento por andar de 300 a 633 metros quadrados, com quatro suítes, seis vagas de garagem, piscina na varanda, centro fitness e quadra poliesportiva. “Seguimos o manual de instruções à risca. Explicamos a potência do cliente do Centro-Oeste e mostramos a qualidade dos materiais brasileiros. O lobby e a piscina sempre são cruciais: o design precisa ser impecável, porque para um italiano, amante da beleza, isso é a alma do projeto”, afirma o empresário João Tomé. De norte a sul do país, já são mais de trinta prédios com a marca Pininfarina, entre eles Setai Residences, em João Pessoa, Diagonal, em Fortaleza, Atto, no Rio de Janeiro, e Yatch­House, em Balneário Camboriú.

    Para o designer urbano Renato Conde, que criou o Design District em Dubai e morou em um Armani na cidade, a assinatura entrega a sensação de pertencimento e a moda ensina que ter estilo é ser duradouro, ainda mais quando se trata de um bem que atravessa décadas. “Quando o cliente percebe o valor da marca, num imóvel que pode custar até 40% mais caro que a média, se consolida o senso de pertencimento a uma comunidade sofisticada e exclusiva”, diz Conde. Segundo um estudo da consultoria britânica Knight Frank realizado em oitenta países, os empreendimentos assinados migraram das marcas de redes de hotéis, em 2011, para as de setores de carros, moda e gastronomia, saltando de 169, em 2011, para 611, em 2025. Até 2030, estima-se que sejam 1 019, com Oriente Médio e Ásia-Pacífico liderando esse crescimento. E o Brasil estará, cada vez mais, inserido nessa onda.

    Publicado em VEJA, setembro de 2025, edição VEJA Negócios nº 18

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