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Vacinas para além da infância

Esses imunizantes são cada vez mais importantes para a prevenção de uma série de doenças em diferentes etapas da vida, especialmente depois dos 60 anos

Por Tiago Cordeiro
31 ago 2025, 08h00

Como ficou claro durante a pandemia, as vacinas são um instrumento fundamental para garantir a vida em sociedade com saúde. Elas possibilitam a prevenção de uma série de doenças e, ao longo da história, garantiram que a varíola fosse erradicada e outras moléstias se mantivessem controladas — como é o caso de poliomielite, sarampo e rubéola. Outra lição que se tornou evidente nos últimos anos é que as vacinas não se aplicam apenas à infância. Muitas campanhas de imunização passaram a ser dedicadas a outras fases da vida. Para adultos de 20 a 59 anos, o calendário do Ministério da Saúde prevê a aplicação de imunizantes para hepatite B, febre amarela e para sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), dependendo do histórico de vacinação da pessoa. Para difteria e tétano, é recomendada uma dose de reforço a cada dez anos. Mas é o público acima de 60 anos que precisa tomar um cuidado maior.

A expectativa de vida do brasileiro vem aumentando paulatinamente: passou de 68,4 anos em 1990 para 73,4 em 2010, e 76,8 em 2025. A perspectiva é alcançar 81,3 anos em 2050. Se atualmente 15 em cada 100 brasileiros têm mais de 60 anos, eles serão 30% do total daqui a um quarto de século, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ou seja: os atuais integrantes da terceira idade já vivem mais do que as gerações anteriores, o que demanda cuidados extras com a imunização. “O sistema imunológico também envelhece. Quanto mais as pessoas vivem, mais vão precisar de reforço de algumas vacinas, que tendem a perder eficácia com o tempo”, diz Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Dependendo do contexto em que vive, uma pessoa de mais de 60 anos pode precisar de diferentes opções de vacina. Para quem vive em áreas de incidência de febre amarela, um reforço em dose única é altamente recomendável. Existem fortes indícios de que a imunização contra herpes-zóster ajuda a reduzir o risco de desenvolver demência em até 20% — o percentual consta de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Stanford e publicado em abril na revista científica Nature. “Há também indícios de que essa vacina reduz os riscos de doenças cardiovasculares e reforça a proteção contra o herpes-zóster, que debilita e causa dor crônica”, afirma Ballalai.

Um dos mais importantes resultados das campanhas de imunização para a faixa etária mais alta está no controle de doenças respiratórias. A influenza, por exemplo, é fatal para 10% dos pacientes desse público, que acabam por ser hospitalizados. Seus impactos podem ser significativamente reduzidos quando a pessoa participa das campanhas anuais de vacinação na proximidade do inverno, além de buscar a vacina pneumocócica 23-valente, que protege da incidência de pneumonia e meningite.

De acordo com uma análise publicada pelo Journal of the American Geriatrics Society, vacinas contra a gripe reduzem a hospitalização nos Estados Unidos em até 18%. “As doenças respiratórias colocam os mais velhos em risco de vida. Mesmo que sobrevivam, podem perder capacidade respiratória, com impacto para a qualidade de vida”, afirma a diretora da SBIm. E você, está com a carteirinha de vacinação em dia?

Publicado em VEJA, agosto de 2025, edição VEJA Negócios nº 17

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