No próximo dia 29, uma operação da Força Aérea Brasileira (FAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) lançará mil cartas de alunos potiguares ao espaço. As missivas, que após cruzar a atmosfera devem cair no Oceano Atlântico, carregam mensagens dos jovens sobre o futuro.
O foguete partirá do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim, no estado do Rio Grande do Norte e faz parte da Operação Potiguar. Essa missão, que teve início na última segunda-feira, 18, tem como objetivo aumentar as capacidades de lançamento do Programa Espacial Brasileiro.
As cartas aspiracionais foram redigidas por alunos das cidades norte-rio-grandenses de Natal, Parnamirim, São José de Mipibú e João Câmara, que demonstraram animação por fazer parte dessa missão. “Estamos levando as nossas palavras ao espaço para que voltem a uma nova geração”, disse Lucas Felipe Cícero, 17, ao inserir sua carta no foguete.
Operação Potiguar
Além de levar as cartas, a operação servirá para treinar a equipe do centro. Ela é divida em duas fases, que lançarão foguetes de sondagem modelo VS30. Com 8 metros de altura eles são capazes de atingir até 150 quilômetros e de viajar a uma velocidade de 6 mil quilômetros por hora.
Nessa primeira fase, o lançamento do foguete visa verificar os equipamentos e processos envolvidos na operação. Já na segunda, que deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2025, os operadores vão qualificar o sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecida como plataforma suborbital de microgravidade. “Com isso, o país poderá atender à crescente demanda mundial por lançamentos suborbitais para a realização de experimentos científicos e tecnológicos”, disse o Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, em comunicado.
De acordo com o site da FAB, o CLBI coleta dados sobre trajetória, desempenho e funcionamento de veículos e cargas úteis, com foco em monitorar e acompanhar foguetes e satélites em voo, o que faz com que a operação represente um salto para a organização potiguar, que reativará sua capacidade de atuar com lançamentos suborbitais.