O ex-vereador do Rio Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana, morreu na tarde desta segunda-feira, 7, após ser atacado a tiros no bairro de Guadalupe, na Zona Norte do capital carioca. Os disparos vieram dos passageiros de um veículo, que passava no local e parou em frente ao estabelecimento onde estava o ex-parlamentar. Aos 43 anos, ele exerceu mandato na Câmara do Rio de 2017 a 2020, foi paraquedista e policial militar, e foi citado em relatório da CPI das Milícias, em 2008, além de ter sido investigado por suposto envolvimento com milícias na cidade.
Em 2020, Zico Bacana já havia sido alvo de tentativa de assassinato, após disparo que atingiu sua cabeça de raspão, durante agenda de campanha. Na ocasião, ele estava em um bar em Ricardo de Albuquerque, também na Zona Norte do Rio, quando foi alvo do atentado. Nesta segunda, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, o ex-vereador deu entrada às 17h50 já em óbito, vítima de projétil de arma de fogo. Mais cedo, por volta das 16h, ele usou suas redes sociais para registrar uma visita ao bairro de Guadalupe para tapar um buraco na rua.
Em 2008, no Relatório Final da CPI das Milícias, Zico Bacana foi apontado como um dos líderes do grupo miliciano que controlava uma comunidade em Ricardo de Albuquerque, além do bairro de Anchieta e nas comunidades do Gogó da Ema e Camboatá (em Guadalupe), todos na Zona Norte da cidade.
Ele também chegou a prestar depoimento à Polícia Civil do Rio no contexto das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes. Suas conexões com os paramilitares foram investigadas no inquérito, embora nenhuma das linhas de investigação tenha apontado ligação de Zico Bacana com o crime, desde então.