Entrou em vigor nesta sexta-feira 21 a nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, conhecido como Crédito do Trabalhador. O modelo facilita para que esses profissionais tenham acesso a empréstimos mais baratos usando a Carteira de Trabalho Digital, com garantia do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo o ministro da fazenda, Fernando Haddad, esse universo abrange 47 milhões de pessoas. No modelo anterior, os trabalhadores pagavam mais de 5% ao mês de juros no crédito pessoal. Pelo sistema, o trabalhador pode usar como garantia até 10% do saldo no FGTS e 100% da multa rescisória em caso de demissão.

Quem tem direito ao Crédito do Trabalhador?

Todos os trabalhadores com carteira assinada do setor privado, inclusive rurais e domésticos, além de MEIs, têm direito ao Crédito do Trabalhador.

Como funciona o Crédito do Trabalhador?

O trabalhador pode requerer a proposta de crédito pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), diretamente com instituições financeiras habilitadas pelo governo federal. Depois de autorizar o acesso de dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa, seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), serão oferecidas ofertas em até 24 horas. A escolha da melhor oferta será feita diretamente pelo trabalhador, e a contratação deve ser realizada no canal eletrônico do banco em questão.

Quem já tem empréstimo consignado poderá migrar?

Sim, a partir do dia 25 de abril estará disponível a migração para os trabalhadores que já têm empréstimos descontados na folha. Na mesma data também será possível iniciar contratações pelos canais eletrônicos dos bancos, além da CTPS Digital. A estimativa é que mais de 80 instituições financeiras estejam habilitadas. A partir do dia 6 de junho será permitida a portabilidade entre os bancos.

Calendário do Crédito do Trabalhador:

25/4: início da migração para a nova linha para quem já tem o consignado ativo;

6/6: início da portabilidade entre os bancos.

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