São Paulo pode ter colapso de oxigênio
White Martins avisa hospitais que tem dificuldades de atender velocidade da demanda; governo do estado pode requisitar oxigênio da indústria
A White Martins, uma das principais fornecedoras de oxigênio no país, está avisando grandes redes de hospitais privados e públicos que está com dificuldades para atender a alta demanda no estado de São Paulo, inclusive na capital. A empresa está alertando executivos das instituições que não está conseguindo caminhões suficientes para atender a demanda na velocidade necessária. Como os hospitais possuem tanques pequenos, alguns precisam ser reabastecidos quatro vezes ao dia. Ontem a empresa divulgou que a demanda por oxigênio em todo o país cresceu 56%, em março, e as fábricas já operam 24 horas por dia.
Fontes próximas ao governador João Doria dizem que o governo vislumbra um outro problema: o gargalo de produção para atender novos leitos para pacientes de Covid-19 que estão sendo abertos pelo estado. Por este motivo, membros da equipe já estudam a possibilidade de requisitar o oxigênio que é destinado a alguns setores industriais que usam o insumo como matéria-prima. É o caso de indústrias siderúrgicas, químicas e petroquímicas.
A White Martins informou o que segue ao Radar Econômico:
“Em função do crescimento exponencial do consumo de oxigênio medicinal na cidade de São Paulo, a White Martins informa que o fornecimento deste produto está sendo realizado de forma a manter níveis seguros de estoque em seus todos clientes na região. Para atender este aumento abrupto do consumo em um curto espaço de tempo, a frequência diária de viagens para entrega de oxigênio líquido nos hospitais da capital paulista atendidos pela empresa cresceu 63% em março de 2021 em relação a janeiro deste ano. A companhia reforça ainda que está utilizando os recursos logísticos com foco na eficiência operacional e na confiabilidade do abastecimento.”
Post atualizado com nota da White Martins.