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No Fórum Agro, Banco do Nordeste detalha avanço do crédito verde e novas exigências para financiar o campo

Instituição anunciou durante a COP30 mais de 50 milhões de reais para projetos de preservação e recuperação da Caatinga

Por Carolina Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 nov 2025, 11h04 - Publicado em 24 nov 2025, 10h31

VEJA realizou nesta segunda-feira, 24, a primeira edição do Fórum Agro, na Casa Fasano em São Paulo, reunindo especialistas, executivos e representantes de instituições financeiras para discutir os rumos de um agronegócio mais competitivo, sustentável e alinhado às novas exigências ambientais. Entre os destaques do evento esteve o painel Investimentos verdes no agronegócio, que abordou o papel do sistema financeiro na descarbonização da produção rural, tema apresentado por Irenaldo Soares, superintendente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Nordeste (BNB).

Durante sua fala, Soares destacou que o setor financeiro vive um processo acelerado de adequação regulatória após a criação, pelo Banco Central, da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC). Ele explicou que essa política, inicialmente focada apenas em critérios sociais e ambientais, passou em 2021 a incluir metas climáticas, o que ampliou a exigência de monitoramento, transparência e gestão de riscos ambientais dentro das instituições. “Em 2021, o Banco Central determinou que as instituições financeiras tivessem um compromisso de sustentabilidade ou levassem essa atribuição a um comitê já existente”, afirmou. Segundo ele, o BNB incorporou a pauta ao comitê de riscos e capital, onde a cada mês as equipes precisam reportar indicadores ambientais e climáticos.

O superintendente explicou que o banco utiliza um sistema de certificação ambiental que cruza 28 verificações automáticas sempre que um financiamento rural é analisado, garantindo que o tomador esteja em conformidade antes da liberação dos recursos. Mesmo com regras mais rígidas, disse ele, o volume de crédito não caiu, ao contrário, cresceu. O BNB deve encerrar 2025 com cerca de 20 bilhões de reais aplicados no agronegócio, quase três vezes o volume registrado em 2020.

Além das exigências regulatórias, Soares destacou políticas públicas que impulsionam a transição sustentável, como o Eco Invest Brasil, programa criado para atrair capital externo para projetos de longo prazo voltados à recuperação ambiental. “O segundo leilão mobilizou cerca de R$ 65 bilhões em capital catalítico”, afirmou. O recurso, com taxa de 1% ao ano, exige captação internacional por parte dos bancos participantes, o que, segundo ele, estimulou principalmente as instituições privadas a competirem pelos fundos.

Outro instrumento mencionado foi o Plano Safra, que prioriza tecnologias de baixa emissão de carbono, recuperação de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta e práticas regenerativas. Em 2025, o BNB investiu R$ 105 milhões em Agricultura de Baixo Carbono por meio do FNE Verde. Para 2026, a previsão é ampliar esse volume em pelo menos 50%. O executivo destacou também o papel social dos programas de microcrédito do banco — o Crediamigo (urbano) e o Agroamigo (rural) — considerados pelo BNB como o maior programa de combate à pobreza da América do Sul.

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Somente o Agroamigo já destinou R$ 20 bilhões em financiamentos. Parte desses recursos tem sido direcionada para ações de democratização da energia solar no campo, abastecimento hídrico em áreas rurais e melhoria da infraestrutura produtiva.

O banco também tem atuação expressiva na agenda de adaptação climática. Somente em 2024 destinou 4,9 bilhões de reais para ações relacionadas à mitigação das mudanças do clima. E, durante a COP30, o BNB anunciou mais 50 milhões de reais para projetos de preservação e recuperação da Caatinga, valor que será igualado pelo BNDES, somando 100 milhões de reais em investimentos ambientais.

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